terça-feira, 5 de março de 2024

8º ano - Arte - 05/03/24 - Parangolés e Tropicália

Oiiiii!!!!! 😃

Estamos encerrando aqui este estudo que começou láááá no MODERNISMO brasileiro, no ano de 1922. Próxima etapa, será uma volta ao tempo. Vamos para o período barroco, época do Brasil-colõnia, mas antes, vamos encerrar com os Parangolés de Hélio Oiticica e o movimento Tropicalista 👇👇👇👇👇


 O Tropicalismo


O movimento surgiu da união de uma série de artistas brasileiros, no contexto do Festival de Música Popular Brasileira promovidos pela TV Record, em São Paulo, e TV Globo, no Rio de Janeiro e que formaram o movimento musical mais influente e original do país após a bossa nova.
O movimento tropicalista trouxe várias inovações para o cenário cultural brasileiro do final da década de 1960.
As letras das canções eram inovadoras, criando jogos de linguagem, se aproximando da poesia dos concretistas. Por estar em plena ditadura militar e a liberdade de expressão ter sido tolhida pelos militares que impuseram a censura, as mensagens das letras eram codificadas, que exigiam uma certa bagagem cultural para que fossem compreendidas. "Alegria, Alegria" de Caetano Veloso não tem sentido óbvio, mas carrega em sua letra preocupações típicas da juventude da década de 1960, um tormento com a violência da ditadura e um desejo de inovar, de romper barreiras.
As imagens poéticas da canção, como 'Espaçonaves, guerrilhas, em cardinales bonitas', e a menção a figuras icônicas como Brigitte Bardot, misturam o cotidiano com o fantástico e o pop com o político, caracterizando a estética tropicalista. A repetição do questionamento 'Por que não?' sugere uma atitude de questionamento e desafio às normas estabelecidas. 'Alegria, Alegria' é, portanto, uma celebração da vida e da liberdade de expressão, mas também uma crítica sutil à superficialidade da cultura de massa e à alienação política, elementos que Caetano habilmente entrelaça em sua obra.
Em seguida, assista o vídeo da música"Alegria, Alegria" 👇👇👇👇👇

Alegria, Alegria

Caetano Veloso


Música


Abaixo o LP com a música TROPICÁLIA de Caetano Veloso 👇👇👇👇👇

  

Tropicália

Caetano Veloso

Sobre a cabeça os aviões
Sob os meus pés os caminhões
Aponta contra os chapadões
Meu nariz

Eu organizo o movimento
Eu oriento o carnaval
Eu inauguro o monumento
No planalto central do país

Viva a Bossa, sa, sa
Viva a Palhoça, ça, ça, ça, ça
Viva a Bossa, sa, sa
Viva a Palhoça, ça, ça, ça, ça

O monumento
É de papel crepom e prata
Os olhos verdes da mulata
A cabeleira esconde
Atrás da verde mata
O luar do sertão

O monumento não tem porta
A entrada é uma rua antiga
Estreita e torta
E no joelho uma criança
Sorridente, feia e morta
Estende a mão

Viva a mata, ta, ta
Viva a mulata, ta, ta, ta, ta
Viva a mata, ta, ta
Viva a mulata, ta, ta, ta, ta

No pátio interno há uma piscina
Com água azul de Amaralina
Coqueiro, brisa e fala nordestina
E faróis

Na mão direita tem uma roseira
Autenticando eterna primavera
E no jardim os urubus passeiam
A tarde inteira entre os girassóis

Viva Maria, ia, ia
Viva a Bahia, ia, ia, ia, ia
Viva Maria, ia, ia
Viva a Bahia, ia, ia, ia, ia

No pulso esquerdo o bang-bang
Em suas veias corre
Muito pouco sangue
Mas seu coração
Balança um samba de tamborim

Emite acordes dissonantes
Pelos cinco mil alto-falantes
Senhoras e senhores
Ele põe os olhos grandes
Sobre mim

Viva Iracema, ma, ma
Viva Ipanema, ma, ma, ma, ma
Viva Iracema, ma, ma
Viva Ipanema, ma, ma, ma, ma

Domingo é o fino-da-bossa
Segunda-feira está na fossa
Terça-feira vai à roça
Porém

O monumento é bem moderno
Não disse nada do modelo
Do meu terno
Que tudo mais vá pro inferno
Meu bem

Que tudo mais vá pro inferno
Meu bem

Viva a banda, da, da
Carmem Miranda, da, da, da, da
Viva a banda, da, da
Carmem Miranda, da, da, da, da

Explicando sobre os PARANGOLÉS

O que foram os Parangolés?

Caetano Veloso vestindo um Parangolé

Os Parangolés, do artista brasileiro Hélio Oiticica, nasceram da necessidade de uma livre expressão.

O Parangolé é uma espécie de capa que se veste, com textos, fotos, cores e que serve como uma Obra-ação-multisensorial.

“O objetivo é dar ao público a chance de deixar de ser público espectador, de fora, para participante na atividade criadora”. O Parangolé é “anti-arte por excelência”, não se pode ir numa exposição de Parangolés, o espectador veste a obra e a obra ganha vida através dele, é capacidade de auto-criação, de expansão das sensações e rompimento.

Os Parangolés pressupõem a transformação na concepção do artista, que deixa de ser o criador de objetos para a contemplação passiva e passa a ser um incentivador da criação pelo público.

Ao mesmo tempo, propõem uma transformação no espectador, dado que a obra só acontece com sua participação.

😘

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